23 de mai. de 2016

ACADEMIA MOURÃOENSE DE LETRAS: Discurso da presidente Ester Piacentini

“É prática ritual e salutar que, no momento da assunção do mandato de cada diretoria, o presidente eleito passe ao longo instâncias inerentes à academia e se situe diante delas.
Passo a fazê-lo, no cumprimento do ritual.
Ingressei na Academia Mourãoense de Letras em 24 de junho de 2010, ocupando a cadeira 29, cujo patrono dr. José Carlos Ferreira,  gaúcho de Soledade, homenageado com a criação da cadeira, por seu pioneirismo e dedicação no desenvolvimento  e sua renúncia  de uma vida melhor em favor da medicina na região.
Na gestão 2012/2014 exerci o papel de secretária geral, tendo como presidente Jair Elias dos Santos Junior.
Na gestão 2014/2016 exerci o papel de vice-presidente, com o mesmo presidente.
Participei de todo o processo de ascensão da AML neste quadriênio.
Sob a orientação do presidente pude estar presente em todos os meandros dos processos executados.
Sabemos de que as coisas árduas e lustrosas se conseguem com trabalho e com fadiga. Na compensação, temos o prazer de fazer e fazer bem feito.
O vice-presidente transmite à presidência uma segurança de que não está só na tomada de decisão e projetos a serem estudados.
O secretário-geral e primeira secretária, ascende à presidência, não por mera rotina, mas pela sábia orientação que privilegia a experiência adquirida, e a intimidade com a realidade do agir e do administrar.
A tesoureira geral e primeiro tesoureiro, garante a segurança de investimentos e execução dos projetos que dependem de numerários;
Diretor de biblioteca, dá a segurança da história catalogada e arquiva em seus devidos afins;
Oradores asseguram a comunicação com históricos redundantes do dia a dia da instituição.
Aos companheiros de percurso, expresso o mais profundo agradecimento por terem concordado, e com entusiasmo, em co-participar da missão. Em nome da equipe formada agradeço a votação por aclamação com que fomos privilegiados.
Estou consciente do que representa a investidura na presidência. Como ser individual, como ser social.
Individualmente, gratifica em grande o voto de confiança.
Somos eventualmente agraciados, somos quarenta entre tantos que têm todas as condições de integrar seus quadros, mas os que a integram tem plena consciência da sua responsabilidade histórica nestes quatorze anos de sua fundação.
Essa qualificação e esse reconhecimento nos honram e nos transcendem.
Somos uma diretoria que ora toma posse, e tenho plena consciência de que uma diretoria plena e edificante não é feita somente da figura do presidente, mas de todos os membros escolhidos para ocuparem as funções diretivas e assim, cada qual com a sua responsabilidade, mas com um propósito comum: de grande participação e interesse, e laborar para que a nossa academia mourãoense de letras possa crescer em qualidade nos seus projetos e objetivos estatutários e da nossa cidade que tanto amamos. .
Ao todo somos quarenta agraciados com o título de imortais, mesmo sendo mortais. Neste grupo, os integrantes são pessoas normais que sonham, trabalham, não tem tempo, mas que se dispõem a fazer algo no plano da cultura, da arte e científica, preservando o cultivo do vernáculo e da literatura, podendo participar de iniciativas úteis do desenvolvimento cultural de campo mourão, do paraná e do brasil.
A língua e a literatura exigem de todos nós, mais do que nunca, o bom combate. Em especial a arte literária.
É de consenso lembrar que textos literários ajudam as pessoas a organizar seu pensamento e seu universo cultural. Possibilita-nos conhecer melhor a nós mesmos, ao mundo que nos cerca, à nossa relação com o mundo e com o outro. E mais: que o escritor é testemunha do seu tempo e que a literatura interpreta o presente, restaura emocionalmente o passado e possibilita a projeção ao futuro.
Cumpre reiterar que o texto literário contribui para a estruturação do imaginário nacional e para a formação da nacionalidade, leva o leitor ou ouvinte a questionar a realidade social que o cerca, propicia abertura para a transformação enriquecedora e mesmo, para a firmação da identidade, contribui para a formação da cidadania.
A diretoria que ora toma posse dará seguimento ao trabalho desenvolvido pelas que nos antecederam no processo contínuo de construção.
E aberta ao diálogo, esperamos contar com a colaboração e participação de todos os imortais, para além de eventuais desencontros e divergências. Não nos esquecendo de que a Academia Mourãoense de Letras é dos acadêmicos e acadêmicas, e de que a casa é para Campo Mourão, e sobretudo nos ultrapassa.
Na melhor tradição da AML, posso assegurar-lhes, a diretoria que ora assumimos, procuraremos agir com sabedoria, decidir com justiça, atuar corajosamente, e, mais que nunca cultivar a temperança.
Muito obrigado e felicidades a todos.” Ester de Abreu Piacentini – discurso proferido na sua posse como presidente da entidade na noite de 21 de maio de 2016.

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