31 de mai. de 2012

COLUNA DE CAMILA ZAZULA: Zumbido


Um som produzido dentro da via auditiva acomete cerca de 28 milhões de brasileiros. O chamado zumbido, no entanto, costuma ser deixado de escanteio pelas pessoas quando, muitas vezes, é sinal de alerta para anormalidades no ouvido. O sintoma aparece como uma forma de compensação a alguma agressão que o ouvido possa ter sofrido. A fim de tentar compensar uma possível perda, outras partes da via auditava começam a trabalhar de forma mais acelerada. O resultado é que elas disparam mais impulsos elétricos para o cérebro, que interpreta tais impulsos como sons.
O tipo de barulho produzido pelo próprio ouvido é bem variável. As comparações relatadas pelos pacientes variam conforme o nível cultural e as experiências individuais. Mas, os sons mais comuns são de apito, chiado, canto de cigarra, zunido de abelha, cachoeira e panela de pressão.
Em um quadro normal, as vias auditivas captam a vibração dos sons gerados no ambiente e os enviam na forma de impulsos elétricos para o cérebro. O distúrbio se instala quando as vias auditivas passam a enviar impulsos mesmo sem haver uma fonte gerando o som. O grande obstáculo para o tratamento do zumbido é descobrir o que leva a essa emissão indiscriminada de impulsos, já que o zumbido em si não é uma doença, e sim, um sintoma.
Excesso de cera, infecções e lesões do ouvido são causas possíveis do problema. No entanto, muitos outros fatores que aparentemente não têm nada a ver com o sistema auditivo podem dar origem a esse sintoma. Desvios de coluna, alterações cardiovasculares, diabetes, disfunções da articulação da mandíbula e consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco são alguns deles.
A impressão de que o zumbido atinge mais os idosos é falsa, mas tem uma explicação: cerca de 90% dos casos têm como causa principal a perda auditiva. Como esse problema atinge mais a terceira idade, há mais ocorrências de zumbido nessa faixa etária. O som incômodo, entretanto, pode aparecer em qualquer idade, em pessoas com audição normal ou não. Há, porém, relação com o gênero: ainda sem explicação, o problema acomete mais o sexo feminino.
O ideal é procurar orientação se o zumbido persistir por mais de um dia, mesmo acreditando que será possível habituar-se sozinho. Se persistir o sintoma procure um médico Otorrinolaringologista para uma avaliação.
Vejo vocês na próxima semana com outras curiosidades relacionadas a Fonoaudiologia.
Dúvidas, opiniões, observações: envie seu email para
camilazazula@hotmail.com ou me procure na Clínica Betel (44 3017-5577) na Rua Panambi 1966, ou na Clínica Oto – Oftálmica (44 3016-2332), em Campo Mourão-PR.

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