11 de ago. de 2010

DO jornal TRIBUNA: DIA DO GARÇOM - Uma vida entre anotar pedidos e servir


"Uma vida entre anotar pedidos e servir" é a matéria da repórter Ana Carla Poliseli, publicada nesta quarta-feira (11/08) no jornal Tribuna do Interior, em homenagem ao Dia do Garçom, comemorado neste 11 de agosto de 2010.
Posto abaixo, o texto da excelente matéria, na íntegra.
As fotos são deste blogueiro, tenho na primeira o personagem José Carlos Diniz ao lado do Dr. Ruy Antonio Cruz e do padre Ademar Oliveira Lins, em recente evento na cidade de Corumbataí do Sul; e abaixo, a foto da equipe do buffet Telhados de Paris.
Parabéns aos garçoms pelo seu dia. Viva!
Ao entrar em um restaurante pouca gente nota a sua presença, mas é na limpeza das mesas, na agilidade de atendimento ao cliente e na simpatia que o Garçom conquista o seu espaço. Hoje comemora o Dia do Garçom, não se conhece ao certo a origem da data, mas há quem diga que seja ‘culpa’ do Dia do Advogado, data que sempre representou para os garçons, trabalho dobrado. Não apenas em restaurantes, mas em qualquer estabelecimento que se possa imaginar: hotel, boates, casas de shows, buffets, entre tantos outros lugares, eles estão lá aguardando para atender o cliente ansioso em pedir. A profissão é regulamentada desde abril de 2001.
Quem sabe muito bem o que é isso é José Carlos Diniz, 49 anos. Ele entrou na profissão cedo. “Tinha 14 anos quando comecei a trabalhar como garçom, sempre dizia que seria ou garçom ou motorista de caminhão. Quando vim do sitio, passei a trabalhar com isso e larguei mão daquela ideia de motorista, nunca nem tirei carteira. Sou apaixonado por isso, se fosse para começar de novo minha vida, escolheria ser garçom mesmo”, diz.
A profissão de Diniz é uma das que mais fazem parte da cultura popular. O atendimento com simpatia e quase sempre personalizado transformou o profissional em um personagem folclórico de bares e restaurantes. Hoje, após 34 anos enfrentando diariamente isso, ele é um dos garçons mais experientes que atuam em Campo Mourão. “Tenho muita facilidade, já tirei noiva nervosa e chorando de dentro do carro e fiz elas entrarem sorrindo comigo. Não nego que é um trabalho corrido e cansativo, mas é gratificante.” O horário de trabalho é uma das principais reclamações dos profissionais. A maior parte trabalha aos fins de semana e feriados e muitas vezes não tem hora para voltar para casa. “Se não me programo, nem vejo minha família.”
34 anos de história
No dia a dia, a correria fica evidente quando se observa um garçom retirar os pratos e copos de uma mesa que já foi servida. Carregando de uma só vez pilhas, com prática, sem derrubar nenhuma. Porém, Diniz lembra que nem sempre é assim. “Uma vez eu trabalhava em uma churrascaria e escorreguei em uma folha de alface que alguém da mesa deixou cair. Não teve como fui parar no chão, mas apesar de tudo, a única coisa que caiu foi um prato de farofa e isso que estava carregado de porcelana. Quem via a cena gritava: ‘Tá ficando louco Zé?’ e eu respondia: ‘To só começando’, relembra.
Como em qualquer profissão que lide com o público, é necessário que o profissional seja pró-ativo e determinado, pois o bom atendimento dos clientes requer atenção e simpatia. “Sempre soube conquistar meus clientes, conheço 90% por nome e olha que tenho de artistas a ex-presidentes na minha lista. Um dia derrubei uma garrafa que estava na bandeja que carregava e não sei como, mas chutei ela e peguei no ar. Quem viu achou que era comum eu fazer aquilo, saíram aplaudindo. Mas tenho certeza, nunca mais na vida eu consigo aquilo”, completa.
Mas se Diniz não pensa em mudar de profissão, seu hobby é para muitos uma forma de ganhar dinheiro. “Quando estou cansado de tanta gente, viro pintor. Casa, restaurante, qualquer lugar. Fico sozinho no meu cantinho três ou quatro dias e aí começo a sentir falta e volto para minha vida de garçom”, finaliza. Como diria o cantor Reginaldo Rossi, os casos de amor e tristeza sobram na vida de qualquer garçom.
Características para ser garçom
Agilidade
Raciocínio rápido
Capacidade de observação
Paciência
Capacidade de organização
Flexibilidade
Disponibilidade de horário
Simpatia
Pró-atividade
Responsabilidade
Fonte: jornal Tribuna do Interior, de Campo Mourão

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