9 de fev. de 2010

COLUNA DO MACIEL: Como não se ensina, também não se aprende inteiramente sozinho


[...] Milhares deles! [professores]. E todos ensinando
incansavelmente desde as grandiosas batalhas ao
prosaico e necessário esforço diário para se
tocar uma sonata ao piano[...].
Rodrigo Corrêa de Barros – publicitário
A partir do momento em que foi publicado
o Artigo desta Coluna no domingo passado, intitulado Qual a maior lição do professor?, Os telefones, o fixo e o móvel, foram tocando. Eram comentários sobre o texto. A caixa postal eletrônica também foi registrando seguidamente mensagens e mensagens. Como agora, fiquei impressionado com a tamanha repercussão do texto. Sem me vangloriar, sei que o texto por si só não trouxe no seu bojo um extraordinário conteúdo. Apenas as palavras acabaram levando as pessoas a lembrarem dos professores que tiveram e as lições que marcaram a vida dos estudantes de outrora.

A citação de hoje – que ao final prossigo citando outro trecho dele, veio de Curitiba, de um hoje curitibano que leva consigo as lembranças deste lugar, Campo Mourão, onde nasceu e viveu uma pequena parte da infância. Rodrigo Corrêa de Barros é o neto mais velho da minha mãe, a dona Elza Brisola Maciel. A menção a ele é por ser então meu sobrinho? Não, é por ser muito bacana o que ele escreveu, finalizando: “Diante da vida, na lida, inúmeros professores me conduziram por aqui e por ali... Mostrando-me essencialmente que para obter algo de bom, precisamos oferecer algo de bom em troca”.

A professora Tânia Aldrigue contou o quanto se sente emocionada e feliz quando um ex-aluno a saúda com entusiasmo. Ela mencionou uma passagem recente, quando José H. Quinto a cumprimentou com elogios. O José, então estudante dela em Campo Mourão, agora cursa Odontologia em Londrina, “me sinto gratificada”. De Campo Mourão também escreveram Estter Ribeiro de Moraes que citou professoras dos tempos primários, “que saudade!”. Bianca da Cruz Prado mencionou as professores Maria Inês, Flávia, Marli, Lumena e este aqui que escreve agora, “sempre me lembro daqueles que foram muito bons, aprendi bastante, encontrando a dedicação, conhecimento e experiência. Luciane Godoy afirma: “Muitas vezes os professores têm problemas, mas na sala eles têm que se manter alheios”... Não é fácil enfrentar uma sala de aula”.

No Blog do Ilivaldo (onde também é publicado o texto desta Coluna) a estudante de Direito da Faculdade Integrado, Daniele Maria de Freitas, noutra ocasião, postou o comentário: O professor Maciel não se destaca somente pela sua inteligência e vasta carga cultural, mas pelo seu caráter. As suas aulas proporcionam uma nova forma de ver a vida”. De Barbosa Ferraz, “leio sempre os seus textos e gosto muito. Têm aqueles que fazem a gente sonhar, e é importante sonharmos”, escreveu Fernando Augusto S. Magalhães, analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral.

Lembrando dos professores que marcaram a vida deles, menciono as seguintes pessoas: Maria Aparecida Moreira, pedagoga de Olinda, Pernambuco; Josiam Zonenmon Lartz, de Florianópolis, Santa Catarina; do Rio de Janeiro, José Anastácio Bragança, Florisvaldo Oliveira Barreto e Narcisa Mariz, respectivamente advogado, médico, músico e nutricionista, todos eles “acharam” o texto em pesquisa na Internet. De São Paulo Viviane Germicar Andrada, estudante de comunicação; José Guerreiro Oliveira, aposentado e o estudante de Filosofia Geraldo Martinez Souza, mandaram o seu recado ao terem lembrado dos professores marcantes “Li com enorme prazer. Parabéns! Você é mestre!” diz o amigo fraternal e ex-prefeito de Ubiratã Valdir D’alécio; “Sensacional”, sintetizou outro ex-prefeito e grande amigo Gilmar Cardoso, de Farol.

Se esperarem que cada professor indique caminhos, é possível, mas nem todos eles serão trilhados e percorridos juntos, pois existirão muitos momentos em que as vidas seguirão independentemente dos horizontes, quando, ante ao aprendido, o conhecimento há de ser acrescido, transformado, tornando os aprendizes melhores do que eram, como os mestres.

Fases de Fazer Frases
Na calada da noite escuto a minha consciência agora rouca de tanto gritar de dia, quando as conveniências sociais tapavam meus ouvidos.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Sexta passada, o professor Celso dos S. Vasconcelos palestrou para professores estaduais mourãoenses e da região. Uma coincidência que pude a ele relatar ao final do encontro, quando comprei-lhe um dos seus livros. Ele mostrou no começo da fala dele, no painel o poema Para Ser Grande, de Fernando Pessoa, o mesmo texto que aqui, na semana passada eu também transcrevi em Qual a Maior Lição do Professor? E o grande poeta português dispensa apresentações.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Além da regular publicação do que aqui é escrito, que sai em seguida no Blog do Ilivaldo, gentileza que o também amigo Pedro da Veiga costuma incluir no Blog dele, o texto desta Coluna intitulado Ei-la foi publicado por Sarah Souza, no Blog Lapidar. Ela tem vinte anos é estudante e costuma pesquisar sobre reforma ortográfica, o que, de certo modo fala o texto.

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
Nabuco e a Liberdade Sem Cor, texto desta Coluna repercutiu ao ser publicado nos seguintes sítios: NotíciasJusBrasil, conteúdo da Internet que aborda temas jurídicos; e em outros dois endereços eletrônicos: dos Diretórios Nacional e Estadual do PPS. A mourãoense Marilda Keller Zarperlon comentou o texto, lembrando sobre a chamada cota racial, que, para ela, pode ser contraditório ao tentar se resolver um problema de desigualdade quando “todos devem ser iguais perante a lei”.

Reminiscências em Preto e Branco
Vitórias e derrotas? Não a conte-as. Saiba distingui-las.

José Eugênio Maciel é professor, sociólogo, advogado e membro da Academia Mourãoense de Letras. Escreve para o jornal Tribuna do Interior e sua coluna também é postada aqui no BLOG DO ILIVALDO DUARTE.
* Na coluna supra-citada o negrito nas palavras "Blog" é deste blogueiro e não do autor da referida.

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