14 de jan. de 2010

PAPO DE COMPORTAMENTO: Não seja prolixo


O professor Reinaldo Polito pergunta: você é prolixo? Consome um tempo enorme para dizer o que poderia ser comunicado rapidamente? Entenda os motivos que o levam a falar tanto e encontre o caminho para se livrar desse problema tão grave numa época em que as pessoas não têm tempo, e às vezes, nem paciência para ouvir conversas prolongadas.
Em primeiro lugar, é preciso ter consciência de que você fala demais. Às vezes não percebemos defeitos em nós mesmos. Não é raro observar pessoas criticando outras porque são prolixas quando elas mesmas, que fazem as críticas, parecem verdadeiras matracas. Alguns sinais poderão servir como luz amarela para você ficar atento.
Procure se lembrar se alguém já fez algum tipo de comentário sobre o fato de você falar muito. Tente recordar ainda se você mesmo já se surpreendeu por não ter percebido como o tempo passou tão rapidamente enquanto falava. Essa reflexão servirá para que fique atento e comece a analisar melhor sua maneira de falar.
A vaidade intelectual é um dos maiores motivos para que alguém se torne prolixo. Certas pessoas não resistem à tentação de mostrar seus conhecimentos e revelar seu brilho intelectual. Basta o tema ter pelo menos uma remota ligação com o que aprenderam em livros, nos bancos escolares ou por qualquer outro meio, e não terão nenhum escrúpulo para incluí-los na mensagem.
A conversa ou apresentação fica parecida com uma árvore cheia de galhos. Caminham em determinada direção e mudam a trajetória no meio do caminho para incluírem nova informação, em seguida outra, depois mais uma. De tal forma que os ouvintes não conseguem mais acompanhar o raciocínio. Às vezes, nem mesmo aquele que fala.
Se este for o seu caso, resista e não se desvie da rota traçada inicialmente. A não ser que a informação seja muito relevante, a tal ponto de comprometer o entendimento e o sentido da mensagem, deixe-a de lado. Essa “demonstração de conhecimento” além de não ajudar na elucidação do assunto, poderá prejudicar a compreensão dos ouvintes.
Trace uma reta e permita poucos desvios à rota determinada. Faça sempre esta pergunta: em que medida essa nova informação será útil para o resultado da apresentação? Se concluir que ela apenas servirá para demonstrar seu conhecimento e dotes intelectuais, não deve ser incluída.
A falta de um objetivo claro pode obrigá-lo a dar voltas nas conversas ou apresentações sem que saiba exatamente aonde deseja chegar. Pode parecer estranho, mas muitas pessoas expõem a mensagem sem saber qual sua real finalidade. Afinal, o que você deseja com sua exposição? Convencer, esclarecer, entreter, informar? Estabeleça seu objetivo principal e se dedique para atingi-lo.
Não saber ordenar o raciocínio tira a objetividade da apresentação. Se você não souber qual o rumo que pretende seguir, terá dificuldade para cumprir de forma correta todas as etapas da apresentação. Seja disciplinado e estabeleça como será o início, o meio e o fim. Parece tão simples, mas são poucos aqueles que conseguem dar esses passos tão elementares.
Tomando esses cuidados, você evitará divagações desnecessárias, irá com mais objetividade ao ponto, facilitará a compreensão dos ouvintes e conquistará o sucesso que deseja com suas apresentações. Não é complicado, mas exige um pouco de trabalho, dedicação e bastante humildade. Vale a pena. O resultado será gratificante.

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