26 de set. de 2009

COLUNA DA MARIA JOANA: Que filhos estamos deixando para o planeta?

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável. ”Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"
Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive... Essas são questões muito preocupantes e que tem merecido sucessivas reportagens nos meios de comunicação: a violência dos jovens e da própria natureza.
O que está acontecendo com mundo? É lógico que sempre aconteceram catástrofes na natureza e violência entre as pessoas, mas a cada ano assusta-nos o aumento de acontecimentos até então nunca vistos no Brasil, como foi o caso do tornado em Santa Catarina agora, a furação de anos atrás...
Também as atitudes agressivas dos jovens (e dos adultos) assustam-nos ainda mais quando incentivadas pela própria mãe como foi registrada nestes dias pela imprensa e já vista muitas vezes por todos. Quem nunca escutou o conselho dado por alguns pais “pacíficos” aos seus queridos filhos para não trazerem desaforo para casa e baterem nos seus amigos... Parece mesmo que o exemplo da novela “Caminho das Índias” mais do que serem “corretivos” ensinaram muitas formas novas de violência contra os colegas, os professores.
E que se pode esperar de uma geração que vem sendo deseducada com liberdade total, sem limites, sem respeito aos seres humanos que o cercam... Se não respeitam a si mesmo, à família, aos colegas, aos professores, a todos os que o cercam vão respeitar a Natureza?? Já estão recebendo um planeta cheio de problemas ambientais e estarão dispostos a algum sacrifício no seu estilo de vida para torná-lo melhor?
E os sinais do desequilíbrio da natureza estão ficando cada vez mais claro, constantes, assustadores. A força dos vendavais, das chuvas, tem aumentado e quem já passou pelo medo, fragilidade e impotência diante das forças da natureza temem pelo amanhã. A cada grau de aquecimento do planeta, acentuam-se a intensidade dos fenômenos.
Parece mesmo que estamos vivendo num mundo cada dia mais desequilibrado, sejam as pessoas, sejam os fenômenos metereológicos. Se não forem adotadas medidas urgentes de contenção do aquecimento do planeta talvez o filme “A era da estupidez”que está sendo lançado não seja uma mentira, mas uma “Verdade inconveniente”
O ano é 2055. Catástrofes naturais causadas pela mudança climática, seguidas de guerras, levaram ao colapso da civilização e à quase extinção da humanidade. Numa torre solitária, num Ártico livre de gelo, um sobrevivente reprisa vídeos do começo do século, quando as catástrofes começaram a acontecer. E se pergunta: "Por que não salvamos a nós mesmos quando tivemos a chance?"
É esse o argumento de "A Era da Estupidez", filme que pretende mobilizar a opinião pública para a crise do clima e para o novo acordo global contra os gases-estufa, a ser negociado dezembro em Copenhague. Meio ficção, meio documentário, o filme estrelado por Pete Postlewhaite explora as consequências do chamado cenário "mesmo de sempre", no qual as emissões de dióxido de carbono por atividades humanas continuam subindo sem parar. Algo precisa ser feito e podemos começar educando nossos filhos a partir do nosso próprio exemplo. Afinal, se não fizermos a nossa parte como podemos cobrar atitude, ética, valores dos outros?Ainda temos chance de nos salvar a nós mesmos e humanidade...
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br

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