24 de abr. de 2009

PAPO DE LEITOR: Caminho de Peabiru - Esporte, história e relaxamento mental





O repórter Silvio César Walter (foto), peregrino de oito participações no "Caminho de Peabiru", a pedido deste BLOG, escreve hoje artigo partilhando um pouco o que é o Caminho de Peabiru e qual é o sentimento de quem participa deste evebto de valor que vem movimentando centenas de pessoas e crescendo em toda a região da Comcam.
Valeu! Viva! Obrigado Silvinho.
Caminhar, fazer amigos, lembrar o passado, curtir a natureza e refletir sobre o mundo em que vivemos. Essas são algumas ações tomadas pelas pessoas que participam das peregrinações do Caminho de Peabiru, que são realizadas duas vezes ao ano na região de Campo Mourão.
A busca pela tão sonhada “terra sem mal”, da cultura indígena, continua viva pelos sonhadores que se dispõe a caminhar com muita determinação. São chamados de peregrinos ou peabirutas, sendo homens e mulheres de todas as idades, que participam integrando e apoiando um projeto de resgate histórico de um caminho pré-colombiano utilizado pelo índios ligando o Oceano Atlântico ao Pacífico, atravessando todo o estado do Paraná.Tradicionalmente realizadas nos meses de abril e outubro, as caminhadas contam com cerca de 60 quilômetros , em percursos de dois dias. São promovidas pelo Necapecam – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre o Caminho de Peabiru na Comcam, que vem trabalhando intensamente para demarcar e catalogar rotas de ramais do Caminho de Peabiru na região. Além de resgatar a história, o objetivo é criar uma rota turística buscando o desenvolvimento da região.Quando participei pela primeira vez, da segunda peregrinação em abril de 2005, fui atraído pela vontade de fazer exercícios físicos, mas descobri já na primeira manhã de caminhada, que embora o cansaço, o relaxamento mental era extremamente profundo, capaz de proporcionar o desligamento quase que total da vida na cidade.
Recebi um cajado feito de bambu, que confesso ter pensado em jogá-lo fora no primeiro dia, mas que percebi a necessidade do tão antigo apoio em longas caminhadas, a partir do segundo dia. Também aprendi que no esforço repetitivo das caminhadas, as paradas para descanso são piores, e que o segredo é manter o ritmo, principalmente em dias bastante ensolarados. Descobri que a alternância de pessoas que caminham ao seu lado é constante e que os momentos de solidão são naturais de todos os peregrinos. Não tenho dúvida, o Caminho de Peabiru atrai pessoas fantásticas.As peregrinações do Caminho de Peabiru são abertas a todos e lembram uma frase do poeta português Fernando Pessoa, que alguns defendem que seja de Camões: “Navegar é preciso. Viver não é preciso”.
Todos os participantes são lutadores, mas não poderia deixar de mencionar o nome de três deles, que participam de todas as peregrinações desperdiçando entusiasmo: Amani Spachinski de Oliveira, Sinclair Pozza Casemiro (incentivadora do projeto) e Manoel Massaranduba, 78 anos (Ubiratã), que sempre ao final das caminhadas corre para “chegar na frente”.A 9ª peregrinação do Caminho de Peabiru aconteceu no último final de semana, dias 18 e 19, sendo iniciada em Nova Cantú e encerrada em Luiziana, passando por Roncador. A 10ª peregrinação será em outubro e o trajeto será definido pelo Necapecam.Silvio César Walter, Peregrino em oito caminhadas
NOTA DO BLOG: saiba mais sobre o Caminho de Peabiru acessando o site http://www.caminhodepeabiru.com.br/
E abaixo, curta algumas fotos deste importante evento, dos sites: http://www.mambore.pr.gov.br/prefeitura/fotos/8a_peregrinacao_do_caminho_de_peabiru_atraiu_pessoas_de_diversos_estados.jpg e
http://www.caminhodepeabiru.com.br/

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